Vazio de amor, vinha
Cálido e sedento, como
Andorinha perdida,que
Dispersou do seu ninho.
Meus lábios, qual amora
Em licor, foram o cálice
Que o fez ébrio do visco
Doce dos lábios meus...
Meu corpo, quase frêmito de
Tanta espera e desejo, hospedava
O seu como anfitriã que não nega
O acolhimento...
Sempre tão breve
Era a sua despedida, mas
Sem nunca acenar um adeus!
Como a amoreira que cede
Às suas folhas, o bicho-da-seda,
Fomos tecendo o nosso mistério
De amor...revestido em seda fina,
Perolada e rara...como o fluido
Volátil que o desfaleceu pra sempre,
Num silêncio inquebrantável...como
Gosta, a chama!
autoria:: Suzete Torres
Parabéns pelo dia do Blogueiro! Que nosso Colibri continue cantando para nos alegrar! Beijos
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