segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DESTEMPERANÇA


A noite traz em seus braços,o aconchego
Com promessas verídicas de um despertar risonho
Nela podemos renovar nossas forças,
Que o dia levou...
É nela que me refaço dos burburinhos diurnos
E do cansaço que sinto...ao ver as passarelas urbanas 
Repletas de pessoas com a aparência descolorida de
Tanto "ir e vir"sem noção,sequer,da beleza que não
Teve tempo de contemplar...
Motos,automóveis e bicicletas...numa pressa perigosa
Ao encontro do que...não sei.
Testemunhas da poeira,do sol ardente,do mau tempo...
Olhando para si mesmas...atropelam o semelhante...
Economizando sorrisos e colidindo pensamentos...
Com essa destemperança ,
Fico no contraponto:compondo minhas noites
Com vozes e instrumentos da minha própria melodia!!
Por::Suzete Torres

Atendendo a pedido de Céila Rangel(escritora e amiga)


Quero ouvir minha interior badalada
Quando começar a me sentir triste,
Quero ouvir as badaladas entoando
Melodias...
Quando começar a me pegar chorando
Quero as badaladas do meu interior
Sempre tocando valsas vienenses..

Quero um frêmito de palmas dançando
O compasso dessa melodia...
Quando meu coração quiser lembrar,
Quero sentir a beleza de mim mesma,
Que possuo como herança..quando
A sensação de nada quiser me abater...

Quero regar as lembranças com água
Pura e benta pela natureza..
Quero sorrir sempre o sorriso calmo
E,os meus gestos,fazer deles...voôs encantados
Quero me confundir com a luz do dia...
Para que alguém,de muito perto ou mesmo
Longe,possa perceber minha edificação!!
E aí então,em perfeita sintonia...dançar a
Valsa da renovação!!!!

Saudade


Em baixo de um janela
Do lado de fora da casa
Uma cadeira ficava...
Com uma senhora sentada
Alegre, mas pensativa
A todos ela sorria,
Onde estariam seus pensamentos??
No agora? No ontem?? Ou em sua
Vida?
Ora,ora...nada disso.
Seu olhar nada distante,mostrado
Em suas feições,sempre me deu a
Impressão de que nunca saiu do
Tempo presente...pensava,talvez,
Quem sabe...em sua filha carente
Carência que ela supria,chamando-a
De querida!
Oh!! E como esta senhora...também
Era sua querida!!
As duas se queriam...
Agora que a cadeira,sem ela, ficou vazia,
Sua filha trouxe consigo,todo o amor que
Nela existia...
Trouxe também o eco que sua voz emitia,
Chamando-a todos os dias de "minha filha querida"!
Esta senhora hoje, ausente em sua cadeira,
Nunca esteve tão presente no coração de sua filha!!!
E por toda eternidade ...mãe e filha se querendo...
Ela,de longe ainda exclama:minha filha querida,
A filha ouve e responde:minha querida mãezinha!
                                                                                                            por:Suzete