sábado, 26 de novembro de 2011

Pequeno trecho sobre Marilyn Monroe

Ela tinha fome de amor e lhe demos tranqüilizantes,
para a tristeza de não ser santos, recomendamos-lhe a Psicanálise.
Lembra-te Senhor de seu crescente pavor à câmera
e o ódio à maquiagem – insistindo em maquiar-se em cada cena –e como foi se tornando maior o horror
e maior a impontualidade nos estúdios.

Como toda empregada de loja
sonhou tornar-se estrela de cinema.
E sua vida foi irreal como um sonho que um psiquiatra interpreta e arquiva.

Seus romances foram um beijo com os olhos fechados
que quando se abrem
descobre-se que foi sob os refletores
e apagam os refletores!
e desmontam as paredes do aposento (era um set cinematográfico)
enquanto o Diretor se afasta com sua caderneta porque a cena já foi filmada.
Ou uma viagem de iate, um beijo em Cingapura, um baile e no Rio
uma recepção na mansão do Duque e da Duquesa de Windsor
vistos na TV de um apartamento miserável.

O filme terminou sem o beijo final.
Foi achada morta em sua cama com a mão no telefone.
E os detetives não souberam a quem ela ia chamar.

Foi como alguém que discou o número da única voz amiga
e ouviu apenas a voz de uma gravação que diz: WRONG NUMBER.
Ou como alguém que ferido pelos gangsters
estende a mão a um telefone desligado.

Senhor
quem quer que tenha sido quem ela queria chamar
e não chamou (e talvez fosse ninguém
ou era Alguém cujo número não está na Lista de Los Angeles)
atende Tu ao telefone!

Enlace


O amor feito da luz da lua,


O beijo feito do favo de mel,


E, dois amantes , no êxtase


Final...


Até a lua compreende...
Até a abelha produz mais mel...




E, os dois amantes, após a completude,


Revigoram-se na lua de mel!


Luz da lua...
                    Lábios de mel,


Assim por todo sempre....
Os amantes nem precisam de papel!                         por:: Suzete Torres




....e que o motivo dessa lua e desse mel, seja só encanto...nunca o pranto!(Suzete)

Perda




Nas pisadas da areia, deixa marcas

Que nem o vento as desfaz...

Mistério de um insólito desejo de ficar,

Impregnando a fina areia com o suor

Da desesperança e do abandono ...

Irremediável desconfiança de si, da qual

Qual nunca se libertou!




Alma dilacerada pela vida, que a rejeitou,

Coração árido pelo tempo, que o esqueceu,

Pensamento entediante e inatingível, que a

Ciência não se interessou...

Nas pisadas da areia, marcas profundas,

Mixadas com sua própria estranheza...




Encharcando os grãos de areia de suor,

E bem distante de sua órbita íntima, traça

O opúsculo de sua obra existencial...

Continuou a pisar na areia, hora aqui,

Hora acolá...sem saber onde deixou a

Sua identidade...




Continuando envolto nesse mistério, e,

Fincado na areia por mais tempo , encontrou

No aqui ou no acolá, um cavalete, trapos ,

Tintas e pincéis, ressecados pelo tempo...mas

Não mais que sua alma! e finalmente acontece

A descoberta de sua identificação...




Recolhendo os apetrechos encontrados,

Crava o cavalete na areia fina...e, sem a

Tela, usa uma folha seca trazida pelo outono,

E nela imprime com um pincel de acabamento,

As suas iniciais...ainda tenta esboçar na folha

Seca, a última pétala da rosa iniciada!!! por:: Suzete Torres