sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Órfãos de escola

Silabas por sílabas,numa cadência alternativa,
Sem expressividade e conteúdo...assim são    os
Discursos feitos pelos dirigentes do falido ensino
Público...
Enfadonhos,sem didática e nenhuma psicologia,
Insistem ainda em manter esta instituição de pé,
Como se fosse possível!
Alienados,capachos de secretários da Educação,
Repassam para os docentes o blá-blá-blá  que
Já todos decoraram...sem nenhum raio de luz
Novo,que possa motivar...
Pena dos alunos!!! Eles fingem aprender,enquanto
Finjem lhes ensinar...
Não aguento...Tenho ainda a liberdade de ir e vir...
Saio...vou para o páteo...Acendo um cigarro no lugar
Permitido..."prefiro o mal do meu vício a ouvir tanta
Coisa desconexa"...Respiro fundo...Retorno à sala
De reuniões...
Tudo igual!
Bajuladores,como vaquinha de presépio...
Sorrisos amarelos...
Acenos afirmativos...
E o grand finalle::Palmas!!!!
Apoteose ridícula,insípida,incolor e inodora...
...Será que ali todos sabem que só um elemento
que escrevi, não é da água??? 
Fui...quer dizer ,não sei!

É tarde, amor...


Agora é tarde, amor...
Tenho hoje no peito,
Ansiedade e suspeita...
Rodeia-me um presságio...
...Se certa estiver,terei que
Dizer-te não!

Meu coração está inquieto,
Chega a incomodar...
Um simples não,sòmente
Não deveria causar tanta dor...
Valestes da minha espera,
Enquanto chorava por ti...

Eu te peço:por favor,
Não queiras que de minha boca
Saia para ti qualquer som...
Acostumada,sempre,a te dizer sim,
Receio que chegado o momento,
Esquecerei de dizer não...

Seria injusto comigo,
Com o meu coração,se caso
Por um descuido eu pronunciasse
Um sim...
A inquietude me apressa...
O medo está perto de mim..
Meus movimentos se agitam...
Por favor,..não faças  perguntas
A mim...

E, se por ventura insistires,
E quiseres mesmo assim...,
Respeite as linhas do tempo,
Que sucintamente descrevem
Tudo o que sofri...

Aí então,olhe em meus olhos,
Não ficarás sem resposta:
Eles falarão por mim!!











Por::Suzete Torres

Dos poetas


Sonho com poetas simples,
De atávicos poemas..
Nobreza nas palavras,
Sem elite nos contextos.

Sonho com a delicadeza
Deitada sobre o papel,
Escrita com sabedoria
A vivência do poeta.

Sonho com as rimas
Sentidas,tiradas do
Próprio sentir,
Almas diferentes,
Sentidas por mim.

Sonho poemas fidalgos,
Sem grosseria e horror,
Sonho,enfim,com o poeta
Que aformosa o meu ser!!


"O homem não chora por querer...chora porque foi ferido"!(Suzete)
Por:::Suzete Torres

Soneto da partida


Cortinas de tule,vento ventando,
Cubos de vidro...nossa janela,
Tudo suspenso...não diga nada,
Um anjo pronunciou meu nome...

Passam as nuvens,a chuva e o frio
Pela janela de vidro...
O sono acordou,o silêncio acabou
Não diga nada... ainda.

O medo se fez em nós...
Calam as palavras,cala a chuva,
Emudecem o frio e o vento...
Todo cuidado ainda é pouco...
"Para nos dizermos adeus"!

Tão docemente um anjo
Que sabia o meu nome,
Cansou de dizer baixinho:
Cuidado::o cristal quando se
Quebra,não se juntam os pedacinhos...

Agora,o melhor é o silêncio...
E a nuvens eternas no céu,
Não queiras nesse instante,
Ouvir o som do cristal...
Ele já se quebrou, no instante do
Adeus!



Por::Suzete Torres