quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Amores"??


Um Neruda , desencapado,
Um urso de pelúcia, empoeirado,
Um compacto vinil , riscado,
Uma caixa vazia de sabonetes Tabu,
E papéis, desamassados, um a um de
Sonho de Valsa...


Com excitação remexi nos guardados...
Que com esmero foram na caixa, depositados.
Sabia das muitas quinquilharias,  só não
Imaginava que fosse tão funda....porém ,
Profunda se fez minha curiosidade...
Cartas , muitas cartas de amor encontrei !


Era isso, então...um cemitério de amores!
Que buquê teria minha tia, uma senhorinha
Recatada... e tão pacata?
Teria sido um grande amor, ou amores?


Não será permitido saber...como gostaria.
Hoje ela descansa em cemitério de pedras...
...E quem sabe, sem nenhum perfume ou
Uma flor...                                                           por: Suzete Torres




"Aos olhos do amor , qual a sentença ordenada pelo juiz do coração?"(Suzete)

Viagem... (por Suzete Torres)


Um trevo de quatro folhas ,
Na clarabóia da lua, expande
O verde da tríade em plena
Madrugada...


A outra folha do trevo, escondida
Atrás de uma nuvem, surge depois de
Instantes, junto com o clarão da lua.


Um espetáculo a céu aberto com o 
Inusitado confunde, a noite que não
Dorme e nem ao menos , cochila...
Apenas vigia e ouve sem precedentes, os
Murmúrios de um poeta...


A clarabóia da lua, guarda sonhos,
Segredos e fantasias.


Ao trevo de quatro folhas, peço um sonho
Sem segredos e fantasias...
Oh! noite estendida pela madrugada afora,


Traz-me o amor mais sincero... amor por
Dentro e por fora, e , se puder me leva só um pouquinho pra lua!






















"Sonhos

Tolices....


Como uma gangorra , vivemos...
Ora, revivendo o passado , ora
Vivendo o presente, ora pensando
O futuro...


Fazemos do tempo a gramática e
Também a matemática...contando
Dias que se foram e quantos virão,
Ainda...


Poderíamos enumerar estrelas, rever
Películas magníficas, antigas...menos
Fazer de nosso tempo,um labirinto de
Argumentos...


Mapear coisas, elucubrar no vazio, 
"Resgatar" perdas... inútil ! mas o
Homem insiste e persiste em navegar
Nesse mar de tantas circunstâncias
Já naufragadas pelo tempo....


Sair dessa tormenta e saltar para a
Clareira, é renovação de espírito, 
Como a constelação em luz...


Sem fazer contas, sem gramaticar,
Sem lamentos no pensamento, e,
Sem lembranças indistintas.


O que de fato importa, é divagar em
Palavras, rabiscar qualquer coisa,
Escrever um poeminha...que é o que
Faço agora!!                                                                 por:: Suzete




"Se eu fosse poeta, acho que teria a alma tola...como muitas, entre os poetas"!
                                       (Suzete)