terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Amor por Amor

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Quando o amor acontece as flores se partem no ar,

Botões se abrem no mar, estrelas abrem diálogo

No céu e a lua se enche como um balão de gás!

Quando o amor acontece a gente parece levitar, o

Mar murmura ondas risonhas, estrelas sintonizam

Minha voz...e, todos os meus sentidos tateiam bem

De perto, os coloridos balões de gás...


Pelo caminho do amor ando leve como plumas,

Como brisa da tarde, como seda que esvoaça

Com o vento inesperado, como folha que sugere

Um declínio...pelo sopro desse vento, que é só

Pra refrescar...

Na leveza sustentável do amor, amo o amor...

Sustento meu corpo e alma, caminhando só

Com amor!!


por:: Suzete Torres












segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pitaia





Aborrece-me às vezes, a simetria das coisas,

Ao observar a natureza desigual e tão perfeitamente

Bela...

Assim penso a vida!

É aqui do lado de fora deste mundo, que vivo.

Tudo é diferente dos meus sonhos...não os desejo

Em formas, os desejo assimetricamente, com o absoluto

Sentido de sentir a vida em movimento, como o balanço

Das folhas quando lhe roçam o vento...





As emoções concavas em bordas de luz,

O convexo da ilusão deixando a paz,
Um abraço estreito a expressar afeto,
O sorriso largo a demonstrar felicidade,
Lábios entreabertos oferecendo um beijo,
Uma lágrima apenas, gritando as saudades,
O olhar ressacado pela despedida,
Uma onda de frio a variar com o tempo,
O calor nas mãos pelo querer tanto,
O corpo valente na certeira espera,

O avesso da vida excedida em prantos,

Mãos espalmadas a oferecer encantos,
O aroma de rosa saído da campânula,

O sabor de amora salivado na cereja,
A pitaia ao meio a duvidar-me o gosto...
As sementes negras no interior da polpa,
O florescer noturno junto com a lua,
O perfume dela a se espalhar na noite,
E a mudar seu nome....dama da noite!
Não me aborreço nunca com a natureza,

Ao senti-la altiva e sempre menina a

Suspirar docemente, ainda que sentida!

Sua perfeição não precisa de simetria...

Por si só, ela é harmonia!!

por: Suzete Torres

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre o tempo...





Eu não sabia que o tempo não é por si só, tempo.

Não é ele que nos atravessa...o homem é que por

Ele passa...alguns o atravessam depressa, outros

Bem lentamente...

Alguns se transformam dentro dele, outros, apenas

Passam ...outros o aproveitam.

E, nas cavernas do nosso interior, o desprezamos.

O tempo é o Senhor, a majestade valiosa que faz

Por merecer da nossa psiquê, alguma coisa de mais

Profundo, o entendimento sutil da sua importância.

É no tempo que colocamos as feridas, as dores, a

Saudade, os desenganos...pelos quais ele não é

Responsável...mas acata ,sobrecarregando suas

Costas, até envergar-se!

E, à sombra do nosso egoísmo, o abalamos.

Quem o atravessa apressadamente, não o reconhece

Como um aliado da alma...quem o faz lentamente sabe

Do seu valor e da sua estrutura tal qual uma escultura

A ser apreciada...sempre!

Os que dele aproveitam, dançando como anjos a dança

Etérea da sabedoria, se equilibram em sua linha , e , numa

Apresentação vibrante se rendem ao maior espetáculo que

O tempo pode ensinar...os sentimentos atemporais...nada

Termina, tudo continua...no tempo de cada um!

E, no entendimento temos luzes a iluminar nossos porões!

por:: Suzete Torres


"Na obstinada luta contra o tempo só me afligi...na confiança, me compreendi"!
                                                       (Suzete)


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


                                                         Fragmentos

Vibra em mim a alegre certeza de que as flores não mentem, não se cobiçam 
E não se atacam...não porque não falam, como diz Cartola, mas sim porque
Pertencem a outro reino...onde há apenas a beleza do silêncio, revelado pelo
Movimento leve e carinhoso do vento, que nunca quer machucar.Se observo
Um  bouquet preso ao laço de fitas, fico a pensar se as flores gostam de sair
De suas raízes...porque os bouquets são efêmeros...duram muito pouco tempo
Nos vasos ornamentais! Melhor seria ofertar uma semente, docemente...




"Teu nome é dor,
Ao pronunciar palavras
Que ferem, articuladas
Com a ausência do amor...

Teu nome seria  benção,
Ao pronunciar palavras
Que curam, articuladas 
Com a presença do amor...

Teu nome seria flor,
Ao silenciar palavras rudes,
Que fragmentam um todo
Que já se foi"!

por:: Suzete Torres



"Nunca me envolvo em sedas, mas a transparência é minha catarse"!
                                                   (Suzete)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Era uma vez um cristal.





O que parte nem sempre se reparte,

Vive partido em seus pedaços, sempre

A olhar suas fissuras inconstituíveis,

E a esperar que alguém as recolha para

Então, um a um de seus cacos, tentar

Colar...na expectativa inútil de tornar-se uno,

Outra vez...

Conta, o que parte, com um rejunte milagroso

Como se possível fosse, daquilo que se partiu.

Esquece ele, que o cristal estilhaça...e impossível

É ajoelhar-se à procura do pó a que se reduz...

Nem mesmo a lembrança permanece...ela se esvai

Juntamente com a varredura que é necessária fazer,

Como proteção aos pés...os mesmos pés que um dia,

Como bailarina na ponta de suas sapatilhas, andaram

Com cuidado pra ele não se quebrar...agora todo cuidado

É pouco, porque pode sangrar!



"O essencial não se ensina, porém tudo na vida tem de ser aprendido"!


por:: Suzete Torres












terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A andorinha e eu




Entre nuvens, a andorinha evade em revoada, o espaço cósmico,

A esconder do mal tempo, garantindo ao frágil corpinho a

Preservação de suas asas longilíneas...sinônimo de liberdade!

Migrando de um lugar a outro, procura ela, a sobrevivência, sempre

Em bando...sinônimo de solidariedade!

Os temporais nem bem anunciam, e, lá vai revoada encontrar

Outro abrigo...

Eu, permaneço com o olhar contemplativo, deslumbrada apenas...

Não tenho o corpinho frágil...mas a alma, ah! minh´alma!

Sem asa alguma, tento voar...não me foi concedido esse benefício...

O que faço é migrar de um lado a outro, dentro do meu próprio espaço

Físico, e , como sinônimo de solidariedade, me entrego em pensamentos,

Que seja, aos outros...dos quais, migalhas recebo.

Quando os temporais ameaçam, me recolho e espero o bom tempo na esperança

De um novo tempo!

Deveria eu, sair à procura de outro abrigo, uma vez que sou só? Obvio que

Não....Não diz o ditado que "uma andorinha só não faz o verão"?

Como me distanciar do meu habitat natural, uma vez que não tenho asas,

Não ando em bando e tenho apenas, penas?

Penas a conviver, a superar, a aparar, a chorar...e ainda contentar-me por

Ser menos suscetível a um estilingue!

Entre mim e a andorinha existe uma barreira intransponível: "a máquina pensante",

de onde recebo informações demais, conjecturas demais,questionamentos demais,

tudo demais...e me esqueço sempre de que:: "mais com menos dá menos"!

por:: Suzete Torres





segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Andantes





Astros boêmios a caminhar pelo firmamento,

Que trazes pra mim nessa noite inquieta, além

Do encanto e da luz salpicada como pó de prata?

Porque andas tão lentamente, que não percebo

O teu andar alado sobre o tapete índigo do teto

Amado?

Oh constelação! levai-me junto a caminhar na

Noite...nessa longa noite de carinhos vãos, só

Pra sentir, da majestosa noite, como é o amor

Das estrelas guias na imensidão desse espaço ao léu!

Astros boêmios...que caminham lentos, enquanto espero

O que tens pra mim...

por:: Suzete Torres

domingo, 22 de janeiro de 2012

Libélula





Gigantesco desafio da natureza...

A manhã que nasce com o poder

Do sol...debutantes raios

A iluminar a Terra.

Uma flor solitária a marcar o Tempo.

O corpo delgado de um inseto, apenas...

A sustentar suas asas transparentes e finas,

A revelar o Milagre.

Terra, Tempo, Milagre...

É a evocação da natureza a me chamar no canto,

Pra me cessar o pranto,... me cobrir com o manto

Pra se valer do belo, me fazendo crer que vele a

Pena o dia, vale a pena a noite, vale a pena a Vida.

Terra, Tempo, Milagre...Vida.

É ela que pulsa dentro de minhas veias, me chamando,

Ainda que dolente eu esteja, pra ir lá fora...ver o dia

Claro, comemorar as nuvens que encobrem o céu, que

Transformam em chuva.

Terra, Tempo, Milagre, Vida...é o quarteto a postos pra

Me receber sorrindo, quando estou triste.

É um mistério cósmico que só aparece aos olhos de quem quer olhar.

É um clarão bem forte que me passa à mente, que me faz contente em

Acreditar que a vida é infinda, enquanto a morte, em suas vestes

Pálidas, não é nada...perto dos fluídos doirados; que tenho a tantos,

Pra me alimentar.

É o milagre da vida em seu tempo certo, me ensinando coisas, me

Mostrando o inseto, que ao sair da terra, frágil ainda...sabe nadar!




por:: Suzete Torres





















sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fidelidade






Não quero um amor inventado, ventando

Carícia a esmo, nem mesmo à luz do ocaso.

Quero um amor banhado a sol que me

Esquente a alma tirando de mim a

Friagem que vem do meu coração.

Não quero juras, promessas em vão...

Quero um amor de verdade, com recheio

De sinceridade e uma querência serena, sem

Chamas de paixão.

Não quero ser rainha e nem princesa...

Quero a passarela do teu corpo, por onde

Somente eu, a caminhar.

Não quero ouro, prata e esmeraldas...

Quero brilhar simplesmente, no fundo

Do seu olhar...

Não quero ser escultura nem mesmo

Fina porcelana...

Quero apenas me quebrar em seus braços,

Juntar-me a seus beijos e sair inteira de amor!




por:: Suzete Torres




"Amor, divino amor...existe"?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ode à Flora...





Na perfeição que permeia a natureza, vejo

Saltar à minha frente, o ventre carregado

De filhos ... beleza verossímil e pura de um

Parto sem dor, que encanta e colore a vida,

Batizando com perfume, o ar que paira no

Espaço cósmico, atravessando horizontes,

Perpetuando em nós...

É a flora na sua mais misteriosa performance!

Cores que pincel algum é capaz de tonalizar,

Formas que nem mesmo um arquiteto consegue

Idealizar... a menos que as copie...

Mas existe o poeta! Ele sim...

Com a alma branca, os olhos inebriados, as mãos

Trêmulas, os sentidos "aflorados"... vê, o poeta o

Espetáculo se abrir em forma de desejo.

Desejo de amar a todas , recolher a todas, invejar a todas...

É então que o poeta, sensível em sua natureza, tenta em versos,

Expressar tamanha grandeza...não é preciso! porque a

Irreverente beleza que há na natureza é magnânima

Obra do Criador!



por:: Suzete Torres


..."então volto do meu cochilo e com o regador, orvalho meus pequenos vasos"!
                                                         (Suzete)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O vento e eu...





Quero o vento desalinhando meus cabelos,

Roçando forte o meu rosto, trincando meus

Lábios...esfriando minha pele, cantando bem

Baixinho em meus ouvidos, erguendo minha

Roupa...eu a brigar com ele, ele a brigar comigo.

Quero procurar um coqueiro desnudo e frágil,

Onde eu não possa me esconder...

Quero sentir o vento sobre meu corpo todo,

Trazendo à tona alguma coisa que não seja o nada.

Quero fingir gostar dessa ventania toda, sem me

Incomodar, sem dizer nada...farfalhada pelo sabor

Do agito que balança a alma, corpo e mente sem

Saber guiar, luzindo a vida a comemorar...

Quero lançar-me ao vento, sensitiva e leve, consentindo

A ele, que me leve solta pra qualquer lugar, contanto que


Que seja simples como a poesia, úmido como o amor e

Íntimo como a melancolia!!



"Na última palma do coqueiro, reside sonhos, delírios, desejos e uma vontade enorme de voar"!
                                                                     (Suzete)




por:: Suzete Torres


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Verão

Vandário Mokara: há 17 anos plantando sonhos e cultivando maravilhas




A chuva grossa e fria transforma o cenário da natureza.

É o verão chegando cumprindo sua missão: lavando flores,

Folhagens, árvores e plantações...

O natural se banha na torrente, imitando a paixão... que

Avassala, queima e faz temer.

O céu se cobre de ondas cinzentas, as bolas de algodão se agrupam,

Formando densas nuvens.

Cai a chuva... mansa ou rebelde, cai...

A sombra se casa com a lua perdida entre nuvens, como a paixão,

Que promete as plumas do encanto, entusiasmando os átomos das

Células de um coração.

A chuva grossa e fria transforma o cenário da natureza... que a saudade

Cinza e opaca da paixão, se afogue no tempo, devolvendo entre nuvens,

O esboço da lua insinuado no céu, crepitando relâmpagos...desenhando

Mais nuvens, silenciando a paixão!




por:: Suzete Torres














segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sinfonia





Olho as teclas alvas de um piano e igual a uma

Sinfonia , cujo compositor esqueceu de finalizar,

Me pego cantarolando baixinho, uma música qualquer.

Esquecidas partituras num lugar sombrio, puídas,

Amareladas pelo tempo, me vêm à lembrança.
Um passado distante, não obstante me lembre dos tempos

Idos... sem o convívio com as flores, sem o perfume das magnólias,

Sem ouvir, sequer, o trinado dos canários...aprisionada em mim!




Por um amor descompassado, agudo e fora do tom, a clave

No início da pauta, se apaga com as sete notas da escala de

Do a si...as teclas alvas do piano, aguardam outro compositor.

Que seja ele sensível pra terminar a sinfonia que um dia, alguém

Sem minúcias e desatento, muito mal começou!

Então cantarei, não uma música qualquer, mas aquela que será 

Um acalanto para meus dias e noites...calma no coração!


por:: Suzete Torres











domingo, 15 de janeiro de 2012

Balões de ar





Recolho meus sentimentos em balões de ar,

Querendo nesse momento que os levem pra

Onde chegar... em suas retortas mágicas em
Algum lugar há de chegar...

Em silêncio o acompanho, como um exercício

Espiritual, até senti-lo longe, e, perto da esfera

Celeste...perdendo-o de vista, onde "o nada"

Se avista e "o tudo" se precipita...

Não importa, soltei-o de dentro da manta do

Trevo de quatro folhas, e , se for sorte há de

Cair numa campina e quem sabe, no mar...

Nas campinas ou no mar, a eternidade dorme,

Não morre...o segredo dos meus sentimentos

Estão nos balões de ar!


"O amor é tão amplo, poderoso e transcendente...é o amor, atemporal!"
por:: Suzete Torres

sábado, 14 de janeiro de 2012

Perfídia





Sombra esquiva e fugaz de um outono derradeiro.

Meu estio se confunde com o crepúsculo das tardes

Vazias pela perfídia resvalada nos tons do meu arco-íris!

São coriscos de luzes, as palavras em poesia, passos

Certeiros da bailarina a dançar na caixinha de música,

São brisas ventando as cortinas, são minhas recordações!

Ociosamente vejo o declínio dos dias, sinto a dança dos

Sentidos...o meu estio está pronto pra deitar mais folhas,

Em outro outono, talvez...

Uma canção nova de amor....porque a esse, tu mentiste!

Sombra esquiva e fugaz...a perpetuar  minhas tardes

Vazias, como a perfídia que se fez longa demais!


"O realismo fantástico sempre existiu: é a poesia"! (Quintana)

por:: Suzete Torres







sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Monólogo da lágrima






Porque insinua lágrimas, em vez de deixá-las rolar?

Chorar é nobreza nas faces, que emana da alma sentida,

Mesmo sem mais nem porquês...

As lágrimas, contudo,vêm da fonte onde ficam as mágoas, as

Lembranças guardadas, a música que não se ouve mais,

A saudade infinda do amor que se foi, uma flor que secou...

Permita que elas se entornem sobre a pele rosada,

Deixando parar em seus lábios, e prove o doce do

Do sal...

Vergonha...chorar?

Não...só os fracos não choram; são eles muito pequenos

Para entender o verbo 'chorar'....

Renda-se à lágrimas...quantas forem!

Ofereça sempre seus olhos pra quando quiserem voltar,
E, bem do fundo de tudo, contempla o encanto das lágrimas,

Acredita que são efêmeras...do início ou do fim que se despede.

Porque insinua lágrimas, sem deixá-las rolar?
Prefira a leveza das lágrimas à pesada água dos rios...nunca se sabe,
Dos rios, por onde passou seu curso, por onde rodopiou...

por:: Suzete Torres



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Entrei no jardim das flores....



Entre flores e folhas, folhagens e ramos,
Componho o cenário da minha vida só!
Artesã de minha própria estória, preencho
Lacunas entre uma flor e outra, com musgos
De um escuro verde, como um cobertor a
Aquecer a terra...

Revoo pelas réstias da solidão como borboleta
A cirandar em torno da flor, até escolher em
Qual pousar...
Depois desse movimento de atração, repouso os
Olhos sobre o tapete macio das pétalas multicoloridas,
E, inclinando lentamente meu corpo, sugerindo um
Ato de genuflexão, me deito só!

Sinto o veludo das corolas a me acarinhar... adormeço.
Sonho com vozes brandas, com sorrisos plenos, com
Abraços meigos, com um simples olhar...deve ser por
Causa das flores que não me deixaram só e me trouxeram
Um sonho...tão bom de sonhar!

por:: Suzete Torres

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Côncavo e Convexo





O oceano capta o convexo da lua e imprime,

Em consonância com o barulho das ondas ,

A sua nudez sobre a superfície das águas.

Eu, procuro o côncavo dessa beleza escandalosa e

Pura, como quem deseja encaixar-se nele para sonhar

Os possíveis mistérios de uma noite de luar...

Como é absolutamente surreal, contento-me em contemplar

Essa esfera prateada e cobiçada, seja onde for e como for...

Da pequena janela do meu quarto....

Da janela de minh´alma....pode ser!

por:: Suzete Torres







Desejo





Traço uma paisagem em minha mente,

Você não está nela, naturalmente...

Preciso ficar só...urgentemente...

Organizar os compartimentos, é preciso!

Sentimentos e sensações de um lado...

Razão e matéria de outro...

Aí então, sim...posso mergulhar na

Água do amor, sentir o arrepio em minha

Pele, e trazer você pra minha tela...viva e

Única!

Aspirar a felicidade, agora, posso!

Respirar o ar puro, agora, devo!

Inspirar-me no cenário imaculado, com certeza!

Banhar-me com você no lago da paixão segura,

Sem medo de me afogar...é tudo o que desejo!




por:: Suzete Torres

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Eu te amo...



Há de silenciar a noite ao sentir
Em ti a pele ardente, os lábios em

Febre, as mãos entrelaçadas nas
Minhas mãos...há de calar a nossa
Voz, por alguns instantes, na campina

Descoberta, nua...onde só a lua vive...

Até que débeis pingos de chuva venham

Sacudir o delírio de nossos corpos, absortos

E colados um ao outro na magia incandescente

Que só o amor faz acontecer....há de se ouvir os

Anjos, tocando flautas quando dissermos em

Uníssono: "Eu te amo"!...em forma de canção.

Das árvores não cairá, sequer uma folha...porque

Elas se manterão eréteis e contemplativas...agarradas

À ternura de suas hastes.

Mas, quando os pingos da chuva se entusiasmarem,...

É hora da despedida... aí então, tu e eu num desconsolo

Pertinente, teremos de escolher entre sorrir ou chorar!

Eu sorrio, tu choras...eu choro, tu sorris...na angústia

De nos deixarmos, não nos deixamos....entrega plena

Dos nossos corpos na relva molhada e macia!!

por:: Suzete Torres


Oh lindos namorados!...não morram de amor, mas vivam por ele"!












segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sementes





Em claraboias iluminadas da natureza,

Espalhei sementes...aleatoriamente.

Durante muito tempo, as entreguei à sorte.

Do nada, percebi um dia, o ar mais leve...

Tive a certeza de que no horizonte minhas

Sementes haviam germinado. Por fim, numa

Tarde fresca, a brisa e o vento leve, trouxeram

Na palma de minhas mãos...a confirmação.



"Enquanto discuto meu destino, nuvens plúmbeas mudam de tom a qualquer hora".
                                                               (Suzete)


por:: Suzete Torres







domingo, 8 de janeiro de 2012

Solfejar...





Ainda que o tempo se perca nas lembranças,

As notas melodiosas de uma canção estão

Acondicionadas nas covas de um coração que

Já amou....essas não se perdem no tempo.

Evocam a dança interior sem pedir licença,

E aí então... a gente baila num envolvimento

Entre passado e presente. É a subversão dos

Sentimentos, gritando, protestando a hegemonia

Contraditória daquilo que não queremos recordar.

Porém é nesse movimento à revelia, que esquecemos

De esquecer, bailamos à mercê das lembranças, e ,

Pacificamos o coração rebelde que insiste no entorse

Brusco das reminiscências...

Dancemos, pois,...é só assim que se consegue entorpecer

Os sentimentos, até que novamente acordem, e nos peça

Um acorde harmonioso que solfeje o amor!

por:: Suzete Torres

Saudade...ainda é seu nome

Mensagens de saudades, imagens, frases, recados de saudades



Acarinho a saudade como se ela fosse uma delicada flor.

Na magia desse instante, duradouro e íntimo, recordo o amor.

Passeio pelos lindos momentos...os descortino só para mim.

O diálogo é só nosso...não há eco no espaço, porque a minha

Saudade vai além dele e do tempo...suponho onde estás, apenas.

Mas sei que "estás"...sei que "és"...sei mais ainda:: que ao meu

Lado sempre "estarás", percorrendo meus abismos, cercando-os

De flores, para eu não cair.




Na magia desse instante, me reponho, me refaço...pedindo, como

Sempre, desde menina,...a sua benção!

por:: Suzete Torres

sábado, 7 de janeiro de 2012

Reflexão IV





Atirou-se tão profundamente em seu olhar,

Numa introspecção sem limites, até notar-se

Vazia por reflexões que deixou de fazer...

Ainda assim vai tirar do chão, os seus olhos,

E recomeçar...com uma nova visão de mundo

E de si mesma. A imagem desgastada, transparente

Em seu olhar, ficará nas profundezas do oceano, sem

Ter força pra voltar!
                                                                                    por:: Suzete Torres

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

No ar... (mini conto)



Desde sempre fizeram-na acreditar que todo sonho é possível.
Viveu conectada no ar pelo fio da imaginação. Até que um dia
Resolveu voar dentro da bagagem de um passageiro e até hoje
Ninguém sabe de seu destino.


por:: Suzete Torres




"Carregada de sonhos e eterna espera, sai da infância para sentir a terra, no ar"!
                                                           (Suzete)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Anseios

    


Vibro por meus anseios, com a alegre certeza de

Saltarem flores pelo meu caminho, esparramar de
Perfume, convertido em música e brinquedo, a
Cortina do meu "sonhar"!...enquanto isso, me
Envolvo nas rendas do amor puro, que de tão puro,

Ninguém ainda, pedinte... dos carinhos meus.

Pulo as pedras do caminho, que de pedra em pedra

Saltada, mais aprendo a saltitar pela vida esbanjando

O amor, que como fonte contínua, não há como cessar!

Vou dormir meu sono vermelho por causa da lamparina

Que mantenho acesa em meu quarto pra me iluminar!

por:: Suzete Torres






quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Fim de tarde...tarde?

Imagem Cachoeira em Meio a Natureza



"Permiti que do alto da cachoeira, fossem pra sempre

Levados os meus rotos lenços de lembranças...

Juntei-os todos e sem olhar pela última vez, segura e

Disposta, os vi escorregar com a água clara..até não

Mais vê-los! Senti tamanha leveza que por pouco, como

Uma pena, não me perdi no imenso vão de água...

Sem saber nadar, com certeza teria mesmo sido levada

Pela correnteza e só Deus sabe o que poderia acontecer.

Percebi então, o equilíbrio de meu corpo...agarrei-me ao

Meu espírito e em perfeita sintonia com a tarde fresca, fiz

O retorno do caminho para voltar, porém com a deliciosa

Embriaguez de quem deixou ir um passado inteiro...

Pelo caminho, ainda pude sentir no ar, um aroma qualquer...

Mas à medida que lentamente eu avançava para frente, nem

O aroma qualquer me acompanhou!"                           por:: Suzete Torres


"Quando se descarta para sempre delicados filetes de ouro, reconhecê-los como
  Seus, um dia....é impossível!" (Suzete)

Luz natural....





A lua iluminou o quarto do casal que sempre viveu na escuridão

Dos aposentos...com o rosto totalmente iluminado pela luz da lua,

O homem se irritou com o brilho irradiado na face da esposa, e,

Aflito começou a procurar de onde vinha a claridade...há muito tempo

Não sabia onde se acendia a luz...tateou, tateou as paredes e não encontrou.

A mulher, toda iluminada deitou-se ao seu lado e ele passou a noite em claro,

Pois, acostumara-se no escuro.

Pela manhã, ela desperta radiante, e ele se ajeita em posição de feto no útero

Materno, puxa a coberta para si...e , na penumbra do quarto dorme seu sono!


por:: Suzete Torres


"Um companheiro casmurro não enxerga além de sua própria sombra"!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012



                            "ROSA"



Olhar que reflete a rosa, cor-de-rosa,

Olhar que capta, em sua íris, o rosa

Do arco-íris!

Olhar que lembra a rosa impetuosa

Do amor, das auréolas dos seios infantis...

Rosa, da cor dos lábios doces da mulher...

Olhar que expressa o "sentir" o mundo

Cor de rosa...oásis de prazer!

Olhos, olhar...te olho com os meus olhos,

Como para um campo rosado de lavandas...

Olhar que tece as manhãs num crescente tom

De rosa...uma tela à óleo sem autor,

Rosa, formosa...tu és simplesmente a rosa que

Encanta, surpreende...nua ou vestida, aberta ou

Em botão....rosa de cor rosa, teu perfume é de rosa!

Rosa dos carinhos meus, dos teus, dos nossos,e

Dos jardins...olhar cor de rosa, espelho de uma rosa...

Rosa,...só não me faz lembrar da Rosa de Hiroshima!

por:: Suzete Torres

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Colombina



Aprontou-se toda e foi ao baile das máscaras.

Infiltrou-se no salão, no meio da multidão ao som

Da orquestra mais refinada do lugar...De tão

Bem feito seu disfarce, ninguém a reconheceria,

A menos que chorasse e pelas lágrimas desbotassem

A pintura de seus olhos....jamais visto iguais;duas contas

Negras nas covas alvas da face branda e faceira...

A silhueta bem contornada e fina acompanhava o

Ritmo da música inebriante, absorvida pelos sensíveis

Ouvidos dos mascarados...De repente um pierrô ao

Esbarrar-se naquela colombina, querendo se desculpar,olhou-a

Fixamente...disfarçadamente, ela desviou-se

Daquele fixo olhar...O pierrô pegou-lhe pelo braço, como

Quem quer avaliar algo muito precioso...Ela resistiu!

Foi então que, abrindo a bolsa retirou dela sua juventude...

E sem piscar, correu o lenço sobre os olhos, e, desapareceu.

Devolveu seu riso ao rosto e continuou sozinha, a passos largos,

Dançar....ao som da música que um dia, fora a mesma no altar!

"Para o pierrô, ficou o envolvente perfume de um lenço, no ar"!


por:: Suzete Torres






O Lírio





Como o lírio que se equilibra em sua haste,

Como sua alva cor que se assemelha à neve,

Como a raridade em sua beleza e forma...

Quero minh´alma assim...

Vestida de branco, apontada para o firmamento,

Desbravando ideais numa sequência de encantos,

Num desejo infindo de amar...

Quero, como o lírio, o equilíbrio da minha mente,

Direcionada sempre para o horizonte em forma de

Canção...sonoridade calma, entonação afinada com

O universo me tirando pra dançar...

Quero a brancura do lírio em contraste com listras

Das cores do arco-íris...

O perfume da açucena rompendo manhãs, encerrando

A noite...

A pureza madura de quem quer ser outra!



por:: Suzete Torres

domingo, 1 de janeiro de 2012

Primeiro pensamento 2012

Ela pousou numa linda flor alaranjada,

Chovia...mas mesmo assim, não se importou.

Com suas asinhas negras, em contraste com o
Laranja da flor, mais parecia um por-do-sol!

Olhando para esse mini cenário, não hesitei
E pensei::

" Que vivam em mim borboletas,

Grandes , pequenas...tanto faz!

Que como elas, não me importe

Com chuva, sol, frio ou calor!!

Que vivam em mim borboletas;

Delas preciso das asas que me

Desprendam o riso, o sorriso, a

Flor...quanto à beleza, é tão grande

Que não ouso invejar...que viva

Em mim a liberdade, a poesia e

O amor...pra sempre! como o que vi

Agora...todos sentimentos juntos,

Num único ato:: a borboleta pousando

A flor!" por:: Suzete Torres