Olho as teclas alvas de um piano e igual a uma
Sinfonia , cujo compositor esqueceu de finalizar,
Me pego cantarolando baixinho, uma música qualquer.
Esquecidas partituras num lugar sombrio, puídas,
Amareladas pelo tempo, me vêm à lembrança.
Um passado distante, não obstante me lembre dos tempos
Idos... sem o convívio com as flores, sem o perfume das magnólias,
Sem ouvir, sequer, o trinado dos canários...aprisionada em mim!
Por um amor descompassado, agudo e fora do tom, a clave
No início da pauta, se apaga com as sete notas da escala de
Do a si...as teclas alvas do piano, aguardam outro compositor.
Que seja ele sensível pra terminar a sinfonia que um dia, alguém
Sem minúcias e desatento, muito mal começou!
Então cantarei, não uma música qualquer, mas aquela que será
Um acalanto para meus dias e noites...calma no coração!
por:: Suzete Torres