O que parte nem sempre se reparte,
Vive partido em seus pedaços, sempre
A olhar suas fissuras inconstituíveis,
E a esperar que alguém as recolha para
Então, um a um de seus cacos, tentar
Colar...na expectativa inútil de tornar-se uno,
Outra vez...
Conta, o que parte, com um rejunte milagroso
Como se possível fosse, daquilo que se partiu.
Esquece ele, que o cristal estilhaça...e impossível
É ajoelhar-se à procura do pó a que se reduz...
Nem mesmo a lembrança permanece...ela se esvai
Juntamente com a varredura que é necessária fazer,
Como proteção aos pés...os mesmos pés que um dia,
Como bailarina na ponta de suas sapatilhas, andaram
Com cuidado pra ele não se quebrar...agora todo cuidado
É pouco, porque pode sangrar!
"O essencial não se ensina, porém tudo na vida tem de ser aprendido"!
por:: Suzete Torres
Juntar os cacos... não é fácil, Suzete!
ResponderExcluirAbraço, Célia.