É a chuva molhando, lavando, polindo a natureza...
É ela, mansa e contínua...variando o ritmo, se virando
No berço das nuvens, dormindo o sono úmido, onde
O cenário é cinzento...cinza também é cor!
É a chuva varrendo os telhados empoeirados, deixando
Gotículas sublimes nas folhagens, nos coqueirais, nas azaleias vermelhas
Das varandas e quintais...
Escorrendo sobre as lápides esquecidas, guarnecidas de flores secas, sem uma
Gota de lágrima que possa insinuar uma saudade...e, que
Sob o sol ardente, queima o que não tem mais pra queimar...
Água que despenca, declina e inclina para depois cessar...
É ela que acolhe e aconchega, que abraça e acalanta as sementeiras
Que abrigam os grãos jogados na terra, à espera do "germinar"...
Chuva que, sem azáfama, induz o homem a pensar...na aridez do deserto,
Nos porões da mente, no instinto fuliginoso, nas teias de aranha,
Acumuladas na alma...por tanto tempo selada, atracada nas sujas paredes
Sem permitir orvalhar...
Chuva...é ela, que só dentro do homem vivo, não tem como entrar!
"Toda coragem é pequena quando a vontade da gente é grande demais"
(Suzete)
Chuva! Bênçãos divinas para purificar a natureza do planeta, do corpo e da alma humanas.
ResponderExcluirAbraço, Célia.