quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pierrô sem colombina





A madrugada sedenta de confetes

Ficou só...sem colombina e serpentinas.

A matéria pálida, como cera que se esqueceu

Do brilho, inerte e fria se descobriu...

Os lábios, antes cálidos, agora impassíveis,

Ao tocá-los,  a certeza do esfriamento

Insensível e eterno...

Na lapela da manhã ficaste gravado, e , até

Que tudo se desfaça pelo tempo, o silêncio

Mórbido se insinua...

Sem fluxo e sem luz, sem sonhos a querer,

Sem cirandas e fantasias... apenas o relicário

Da memória de cada um!




autora:: Suzete Torres

2 comentários:

  1. Memória que abriga o que Deus abençoa e o homem nem sempre compreende. Meu abraço solidário ao seu momento!
    Célia.

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  2. Colibri, volte a cantar, porque seu canto encanta muita gente! Beijos, fique com Deus!

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