terça-feira, 9 de agosto de 2011

Convivío


A calma e vagarosidade de certas pessoas,me dão impressão de doença.É o contraste do estado letárgico com o que move contínuamente...
Viver e conviver com pessoas assim é como ir a um parque de diversão,e ver a roda gigante girar sem ninguém.
Eu tenho medo de roda gigante,mas não tenho medo de girar pensamentos e muito menos de expressá-los.Os movimentos retardados,automatizados provocam uma angústia tão grande que me levam à escrita rápida e muitas vezes,subjetiva.Mas não há outra maneira...às vezes me lembro daquele filme Shirlei Valentine,que,ela conversava com os azulejos...tamanha solidão sentia.
Até que ela resolve viajar para outro país ,deixando a própria casa e com intenção de não mais voltar.Só assim para seu companheiro sentir sua falta...e ir buscá-la.
Filme é filme...minha realidade é outra.Penso até que,no meu caso,não faria falta alguma...como um vaso que mudou de lugar e passou despercebida,a mudança.
Não há querer,ninguém vê nada...todos tranquilos diante da sua própria realidade.
Então diante desse quadro cotidiano,vêem à lembrança  a casa onde nasci...meu pai com passos ligeiros,minha mãe de avental sentada à porta da cozinha descascando batatas,a mesa posta para a refeição e vozes entre nós...Vozes!!!vozes!!!Oh!vozes como gostaria de ouvir.Eu me sinto cúmplice dessa realidade vivida um dia,porém renego desgostosamente o silêncio que persiste e insiste em silenciar!
Não peço baterias,pandeiros,sanfona,tambores...apenas o diálogo trivial,como o arroz e feijão que faço todos os dias,sempre dando e doando sabores.                   Por::Suzete Torres

2 comentários:

  1. Gostei do realismo em sua crônica, mas Deus nos deu outros sentidos, além da audição; portanto, quando o silêncio me sufoca, acrescento no mesmo a alma e o coração e medito ser esse o espaço que Ele me oferece para conhecer-me, para estar comigo, para orar e agradecer pela riqueza da vida. Pessoas vão e vêm em nossas vidas. Nós temos que conviver conosco! Então faço dessa convivência uma existência feliz! Afinal, me amo! Abraço e pense nisso.
    Célia.

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  2. É o que já te falei amiga, se ame, pense nisto. Beijão

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